
Silver Rails é composto por 10 faixas, a maioria delas criadas pelo próprio Bruce em parceria com Pete Brown. Dentre elas podemos destacar 'Candligth', nela Bruce deixa as claras sua pequena influência de Reggae. Logo em seguida podemos ouvir a melancólica 'Reach For The Nigth', o ouvinte percebe aquele lado mais introspectivo, algo bem clássico da Jazz Music, e para fechar um lindo solo de Saxofone. Depois tudo volta a ficar animado em 'Filds Of Forever' - talvez uma das melhores de todo o trabalho. A mesma esbanja charme, um toque sutil incrementado com uma linha de metais - perfeita.
Já em 'Hidden Cities' Jack revive um pouco daquela pegada dos anos 60, guitarras arrastada com vozes em conjunto de um coral feminino, dispensa comentários. 'Don´t Look Now', 'Industrial Child' e 'Keep It Down' também merecem uma atenção especial do ouvinte. E para dizer que o Mr. Bruce não deixa o seu lado 'Cream' transparecer no disco, estarei mentindo, 'Drono' é a faixa mais representativa do power-trio mais denso dos anos sessenta.
Dentre os músicos convidados, Jack B. faz questão da presença de seu filho Malcolm Bruce, Malcolm faz participação em algumas músicas como guitarrista. Silver Rails é uma obra justa do eterno baixista do CREAM. É um disco diversificado, melancólico, e bastante surpreendente pela sua grandeza e exploração de instrumentos atípicos para quem foi ambientado no meio de apenas guitarra, baixo e bateria. No contexto geral, o mais novo lançamento de Jack Bruce é um trabalho honesto e respeitado por tudo que o baixista construiu até agora.