Caros amigos e leitores, está inaugurada uma nova coluna no blog, sob o título de ''SAINDO DO FORNO". A mesma servirá de comentário (positivos e negativos) de cd´s lançados na semana, mês, ou semestre, vai depender da disponibilidade do ser que vos escreve. A coluna "Saindo Do Forno" é um resumão de lançamentos do que escuto no meu dia a dia, e sairá dessa coluna a peneira e formação da lista dos melhores álbuns do ano.
O semestre nem chegou ao seu fim e já temos muitos lançamentos de grande aceitação, claro, também contamos com algumas decepções.
A banda sueca Soilwork (foto) me chamou bastante atenção com o lançamento de The Living Infinite, sério candidato a álbum do ano. Björn "Speed" Strid (vocalista) e cia conseguiram se livrar de uma vez por todas da sombra de seu ex-guitarrista Peter Wichers - membro fundador e principal compositor. The Living Infinite nos remete a fase áurea da banda, e faz com que a obra seja comparada a grandes álbuns do grupo: "A Predator´s Portrait (2000), "Natural Born Chaos" (2002) e "Figure Numb Five" (2003). Faixas destaques: "Spectrum Of Eternity", "Long Live The Misanthope" e "Parasite Blues".
Ainda em terras suecas, outra que acaba de soltar trabalho novo, é a banda mais comentada por parte da imprensa, roqueiros e bandas, estou falando do Ghost - atração confirmada para a quinta edição brasileira do Rock In Rio. Intitulado 'Infestissuman' o mais novo álbum traz uma sonoridade mais "pop" que seu antecessor, Opus Eponymous (2010), mas o lado obscuro e temática pelo ocultismo permanecem. 'Per Aspere And Inferi' é destaque por manter o feeling que a banda trouxe em 'O.E'. 'Jigolo Har Magidde' - que encaixaria muito bem em um disco do Queens Of The Ston Age - também merece destaque pela sua ousadia, e 'Year Zero' que é uma das melhores do disco, pelo seu lado clássico e bem harmônico, só não se espante com a letra.
A banda Critical Solution tinha tudo para soltar um promissor álbum de heavy tradicional com pitadas de thrash, se não fosse um descarada tentativa de deixar a parte vocal muito parecida com a voz de James Hetfield. Em todos os momentos o álbum intitulado 'Evil Never Dies' te faz lembrar o velho metallica, não apenas na parte vocal, mas também em algumas passagens do instrumental - escute "Crime Of Passion" e o leitor vai assimilar as comparações. Quem também não se deu bem se aventurando pelo mundo true-metal foi a cantora Pamela Moore. A americana acaba de liberar seu mais novo trabalho, intitulado 'Resurrect Me'. Pamela tem uma excelente carreira recheada de trabalhos magníficos, mas infelizmente sua voz não encaixou-se com a parte mais pesada de 'Resurrect Me', o álbum pode até ser bem elaborado, mas com a voz de Pamela em um tom mais baixo, deixa as músicas previsíveis, e isso faz com que o CD seja só mais um disquinho sem destaque algum e fique no mesmo grupo de álbuns que se escuta de vez em nunca.
Sou muito suspeito para falar de Joe Satriani, mas é impossível ouvir um disco do guitarrista e não comentar nada. 'Unstoppalbe Momentum' é o título de seu mais novo álbum que traz músicas mais calmas, pouca virtuosidade, ou seja, Satriani adotou o velho ditado: "menos é mais". "Unstoppable Momentum", "Can´t Go Back" e "A Door Into Summer" são destaque sem o menor problema. A obra dificilmente será igualada aos clássicos "Surfing With The Alien" e "The Extremist", mas já é um grande lançemento para 2013 e um capítulo fundamtal na carreira do grande guitar-heroe.